O técnico em radiologia Anderson Torres denunciou uma série de irregularidades nos procedimentos para realização de exames específicos no Hospital Municipal Fernando Franco, localizado no Conjunto Augusto Franco, em Aracaju. As denúncias foram oficializadas na Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aracaju e, para surpresa, o técnico em radiologia está suspenso da atividade profissional naquela unidade desde o domingo, 8. “Fui liberado dos serviços sem justificativa”, diz o técnico.
Ele foi aprovado em processo seletivo simplificado para atuar na rede municipal de saúde, um contrato de trabalho que tem prazo por um ano com a possibilidade de prorrogação por mais um ano. O primeiro ano de trabalho vence em outubro, mas os gestores do hospital já emitiram documento, informando que não têm interesse na renovação do contrato com Anderson Torres.
Ele associa essa iniciativa dos gestores a perseguição pelo fato dele denunciar irregularidades nos procedimentos, que podem trazer consequência para a saúde dos próprios pacientes assistidos e também para o próprio profissional que atua no setor de radiologia. “A ideia é melhorar o serviço, se tivesse preocupação com meu emprego, ficaria calado”, diz Anderson Torres. Mas a coordenadora geral do Hospital Fernando Franco, Andrea de Souza Santos, diz que ele foi afastado por estar sendo investigado por suposto arrombamento de um armário da unidade.
Relatório
Em relatório enviado à Ouvidoria da SMS, o técnico denuncia a falta de habilitação técnica exigida por lei no currículo da pessoa que exerce o cargo de gerente de radiologia e falta de equipamentos, a exemplo de biombo móveis para realização de procedimentos em leitos e ausência de assinatura de médico radiologista habilitado em tabela de exposição. “Se não há assinatura, não há profissional”, conclui o técnico.
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